segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cine Retrô #1: ...E o vento levou (1939)

Perdi a conta de quantas vezes assisti esse filme desde que ganhei o DVD em 2010. Sabe aqueles dias, em que tudo que você quer é um inspiração para agir, vestir, falar e lutar pelo que sonha? Quando me sinto assim, é certo: vou fazer uma panela de brigadeiro, deitar na minha cama e dar o play no dvd de ...E o vento levou (1939), uma obra cinematográfica incomparável ganhadora de 10 Oscar. 



Particularmente, tenho uma carinho especial pela cultura da década de 30 por ela ter me dado algumas de minhas maiores influências  (Branca de Neve, O Mágico de Oz, Hedy Lammar) e por lá ter existido uma Vivien Leigh no papel de uma Scarlett O'Hara tão humana e determinada que esta se transformou em minha heroína pessoal.

Por quê tão linda? Porquê?

A história gira em torno da vida de Scarlett O'Hara (Vivien Leigh), que no início é um frívola filha de um fazendeiro irlandês, cuja maior preocupação na vida é impedir o casamento de seu belo e amado Ashley Wilkes (Leslie Howard) com a também bela, porém menos Melanie (a absurdamente encantadora Olivia de Havilland), pois está perdidamente apaixonada por ele. 

Scarlett, Melanie e Ashley

Ao se declarar para Ashley, Scarlett fica completamente decepcionada quando este mostra-se decidido a casar com Melanie. É aí que ela conhece o charmoso mercenário Rett Butler (Clark Gable), que logo se mostra interessado, mas ela o rejeita. Quando é declarada a guerra do velho Sul contra os ianques, Scarlett decide se casar com o irmão de Melanie, Charles (Rand Brooks), um tremendo bobalhão, só pra causar ciúme em Ashley. Charles logo morre na guerra, e viúva, Scarlett decide ir morar com Melanie em Atlanta, na esperança de ver Ashley ocasionalmente. A guerra se intensifica e chega em Atlanta, forçando Scarlett a fugir com Melanie, que acabara de dar a luz e uma negra boba chamada Prissy (Butterfly McQueen). Ao chegar à sua antiga fazenda, Tara, Scarlett só encontra miséria, doença, destruição, sua mãe morta e seu pai com problemas mentais.

A icônica cena em que Scarlett jura pela terra que jamais passará fome outra vez

Determinada a virar o jogo, Scarlett trabalha duro e obriga suas irmãs e empregados a fazerem o mesmo, plantando e colhendo algodão para obter comida. Porém, ianques e aventureiros começam a dominar a região e passam a cobrar impostos sobre as terras. Decidida a conseguir U$ 300 para pagar os impostos de Tara, Scarlett faz um lindo vestido com velhas cortinas e vai atrás de Rett Butler, com esperança de que este pudesse lhe ajudar. Mas o plano não dá certo e ela acaba se casando com Frank Kennedy (Carrol Nye), que antes era noivo de sua irmã Suellen (Evelyn Keyes) pois este estava ficando rico em Atlanta. Scarlett manteve sua amada fazenda e montou uma madereira em Atlanta com a ajuda de Ashley. Ao visitar o posto de trabalho de sua madereira, Scarlett é atacada por ianques, mas é salva por um antigo trabalhador de Tara, Big Sam (Everett Brown). Para se vingar, Frank, Ashley e dr. Meade (ops! não consegui achar o nome deste ator!) decidem atacar o ianques sem Scarlett saber. Saldo: Ashley baleado e Frank morto. Viúva pela 2° vez, Scarlett mostra-se muito arrependida de ter se casado com Frank, pois ele amava verdadeiramente Suellen.

Rett aproveita o momento e propõe casamento a Scarlett, e esta finalmente aceita. Os dois tem uma luxuosa lua de mel e vão morar em uma enorme mansão. Logo Scarlett e Rett tem uma filha, batizada de Bonnie Blue Butler (Cammie King). 


Mas ela decide não ter mais filhos, o que causa grande tristeza a Rett. Para completar o conflito, Rett descobre que Scarlett ainda é apaixonada por Ashley. O cúmulo da infelicidade dos dois é quando Bonnie cai do pônei e morre repentinamente.

Esse casal não consegue se entender

Após Bonnie, foi a vez de Melanie partir dessa pra uma melhor. Não sem antes fazer Scarlett prometer que cuidaria de Ashley. Convencido que Scarlett correria pros braços de Ashley, Rett decide abandoná-la. É aí que nossa heroína finalmente descobre que sempre o amou, mas era muito tola para perceber. E jura que vai reconquistá-lo ("amanhã é um novo dia").

Pra mim ...E o vento levou é mais que um filme. É uma obra de arte capaz de mudar a vida das pessoas. Ensina lições de perseverança, sabedoria e resignação sem pieguismo ou caretice. Scarlett é sobretudo, humana, falha e cheia preconceitos, mas é impossível julgá-la. Não citei no resumo, mas uma personagem-chave, que serve como contraponto à personalidade impulsiva de Scarlett é sua perspicaz criada Mammy (Hattie MacDaniel). Não à toa, Hattie foi a primeira atriz afrodescendente a receber o Oscar, sendo homenageada muitos anos depois por Mo'Nique, outra atriz negra que também ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por "Preciosa"(logo falarei deste filme também).

Hattie no Oscar de 1940 e a homenagem de Mo'Nique em 2010 que usou também uma camélia branca

Então, o que acharam do 1° post da coluna "Cine Retrô"? Espero que tenham gostado! Aceito sugestões para o próximo post, lembrando que a coluna será semanal.

Bjo, bjo, bjo :*


Vivian

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